O DESAFIO DE PRESTAR ATENÇÃO EM TREINAMENTOS CORPORATIVOS
Como fazer os colaboradores prestarem atenção em treinamentos corporativos?
Jacqueline Carter, Rahul Varma e Rasmus Hougaard*
HARVARD BUSINESS REVIEW
1 de abril de 2019

De acordo com a Association for Talent Development, as empresas americanas gastam mais de US$ 160 bilhões em treinamentos e programas de capacitação. Neste valor, estão inclusos cursos, instalações, sistemas e ferramentas. No entanto, aquele pouco tempo e o dinheiro tão preciosos são gastos com o preparo para a mente do aprendiz. A verdade é que, se o aprendiz não tem a capacidade da mente para prestar atenção “naquele momento”, esses investimentos não têm retorno.
Muitas pessoas fazem treinamentos com muitas coisas na cabeça. É como se o cérebro estivesse abarrotado de coisas, tendo pouco ou quase nenhum espaço para armazenar mais informações ou ideias. Para as organizações otimizarem o retorno do investimento em treinamento, acreditamos que todos os profissionais do curso, bem como os aprendizes, devem prestar atenção na atenção.
E como fazer isso? Com a prática da meditação. Essa prática tem se mostrado importante para aperfeiçoar as funções cognitivas, como também atenção, memória e funções executivas. Todas essas características são essenciais ao aprendizado. Aprender a controlar a atenção está no centro da prática da meditação, mas nem todos os colaboradores dizem ter tempo – ou vontade – de participar do programa de meditação. Sendo assim, fica a critério dos profissionais trazer a prática para as sessões de treinamento.
Comece cada sessão com dois minutos de meditação. Fazer alguns minutos de meditação no início de cada aula – e entre as aulas – pode ajudar os participantes a limpar a mente e estar abertos para novas ideias e novos conteúdos. Essa atividade é tão simples, que pode ser realizada com os participantes sentados e em silêncio por dois minutos, abrindo caminho para uma sensação de relaxamento do corpo e da mente, prestando atenção à respiração, e se livrando de distrações.
Faça intervalos para meditar. Fique de olho no que os participantes fazem nos intervalos. Muitas pessoas usam os intervalos como uma chance para verificar o que está acontecendo no trabalho, o que é prejudicial ao aprendizado por dois motivos: Em primeiro lugar, isso tira a chance de o conteúdo entrar e se fixar na mente, afetando a classificação da informação – de memória recente à memória remota. Segundo, que também cria mais informação para a mente. Auxilie os participantes a resistirem à tentação de verificar mensagens no celular. Incentive-os a fazer do intervalo algo relaxante, podendo fazer, escrever no diário pessoal, ou criar uma oportunidade para conversar com o colega de trabalho sobre o aprendizado.
Depois do curso, incentive os participantes a fazerem meditação por 10 minutos todos os dias. Se a mente estiver limpa, concentrada e mais calma, eles terão mais chances de reter a informação que aprenderam.
*CARTER é coautora do livro The Mind of the Leader – How to Lead Yourself, Your People and Your Organization for Extraordinary Results(HBR Press, 2018) . Rahul Varma é Diretor Administrativo Sênior da Accenture. VARMA está à frente da empresa Talent, da Accenture, que tem por objetivo descobrir, inspirar e desenvolver pessoas altamente talentosas. RASMUS HOUGAARD é Fundador e Diretor Presidente da Potential Project, uma empresa mundial de desenvolvimento empresarial e de liderança que tem como clientes a Microsoft, a Accenture, a Cisco e centenas de outras organizações.
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